As manhãs da televisão por muitos anos não foram alvo de investimentos pesados por parte das emissoras. Infantis e programas de culinária dominavam a atenção dos telespectadores até a hora do almoço.
Com a chegada da internet, aparelhos de dvd e da tv por assinatura, os índices caíram drasticamente. Por falta de audiência, os infantis praticamente se extinguiram. O pouco que sobrou tenta dar seus últimos suspiros. Mas até quando?
Foi tempo em que as apresentadoras como Angélica, Mara Maravilha, Eliana e Xuxa prendiam a atenção da garotada e faturavam alto com a venda de discos e cds. Nas décadas de 80 e 90 não existia tamanha fiscalização sobre a publicidade infantil. E todas encheram seus cofrinhos com licenciamentos, shows e filmes.
Os tempos mudaram e as crianças também. A criança de hoje não fala mais a língua das que sonhavam em descer na nave da Xuxa ou tomar torta na cara com Angélica. Estão cada vez mais cedo entretidas com seus smartphones e tablets. E podem acessar o conteúdo que quiserem, na hora em que for mais conveniente.
Aos poucos a audiência das manhãs amadureceu. E passou a exigir mais conteúdo. Espaço foi aberto para o jornalismo e o entretenimento. A dona de casa do século XXI não quer aprender a fazer bolo. Mas sim, saber mais sobre saúde, bem-estar e assuntos de interesse geral. Quer acompanhar ao vivo algum fato extraordinário que esteja acontecendo e comentá-lo diretamente nas redes sociais.
Por esses e outros motivos, hoje temos manhãs recheadas de conteúdo para todos os gostos: Fátima Bernardes, Ana Maria Braga, César Filho, Fala Brasil, Hoje em Dia e o resistente Bom Dia e Cia. E nas últimas semanas, a briga ficou ainda mais acirrada.
Hoje já se fala em telejornais ao vivo a partir de 5:30h. E quem ganha com isso? Os telespectadores, que assistem de camarote às mudanças e são presenteados com qualidade na programação.
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