segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Roberto Bolaños: A magia do "pequeno Shakespeare"



A partida de Roberto Bolaños não significa a perda de um ídolo, mas sim de um ícone. O "pequeno Shakespeare" deixou marcado em várias gerações um humor inocente, praticamente circense. Quem trabalha com produção, sabe o quanto é difícil criar um produto que cative o público. E Bolaños fez isso com maestria. Talvez, a falta de ambição tenha gerado tal resultado.

No Brasil, Chaves e Chapolin são exibidos há 30 anos. Os mesmos episódios, as mesmas piadas. E o público até hoje se diverte da mesma forma. Mágica? Técnica? Pode até ser, mas o ingrediente principal não faltou: simplicidade. E o público abraça aquilo que é feito com verdade. 

Crianças interpretadas por adultos. Tiradas rápidas. Bordões curtos e repetitivos. Chaves disputa hoje com produções modernas e arrojadas. E mesmo assim não perde seu lugar à sombra. . 

O velório de Bolaños no estádio Azteca foi feito à altura de um ídolo. Todas as gerações reunidas para prestar sua última homenagem ao mestre do humor latino-americano. Acompanhar o traslado do caixão da sede da Televisa até o estádio fez um filme passar em nossas cabeças. Ver Florinda Meza dizer "mi amor, mi amor" ao avistar a entrada do corpo de Bolaños ao estádio partiu o coração da gente. 

Ficam as histórias, as recordações. E, felizmente, podemos ter sempre acesso à obra deste gênio. Gracias, Chespirito! E que a humanidade possa se reabastecer de ídolos como você.

 

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